terça-feira, 10 de dezembro de 2019

AVES PROVAVELMENTE EXTINTAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - I


AVES PROVAVELMENTE EXTINTAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - I

Jaó-do-sul


Jaó-do-sul
Yellow-legged tinamou
Crypturellus noctivagus noctivagus
Tinamidae

Provavelmente Extinto

Em outros estados brasileiros:
PR (Em perigo); SP (Criticamente ameaçado); ES (Criticamente ameaçado); MG (Criticamente ameaçado); RS (Provavelmente extinto).




Também é conhecido como jaó-do-litoral. Possui um colorido vivo, com a parte anterior do pescoço e o peito cinza-chumbo, ventre avermelhado, garganta amarela, uropígio castanho e demais partes amareladas, barradas de negro. É uma das maiores espécies do gênero, com 32 cm de comprimento e pesando mais de meio quilo. Endêmica da Floresta Atlântica brasileira vive no chão das florestas de baixada, em áreas bem preservadas, até 500 m de altitude. Geralmente é notada pelo canto, sendo mais fácil ouvi-la do que vê-la. De março a setembro vocaliza esporadicamente, podendo passar despercebida do mais atento observador, mesmo em áreas onde é localmente comum.

Vocalização de Crypturellus noctivagus

Originalmente, o jaó-do-litoral era encontrado nas áreas de Mata Atlântica de baixada do sul da Bahia e leste de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. O limite sul de distribuição da espécie conhecido atualmente é o vale do Itajaí, em Santa Catarina. O sudeste de São Paulo e o leste do Paraná são tidos atualmente como os principais redutos da espécie.
A principal causa do declínio populacional desta espécie é a perda de hábitat pelo desmatamento. Uma grande porcentagem das áreas florestais da baixada litorânea foi transformada em áreas de agricultura e empreendimentos turísticos. O acentuado crescimento demográfico de algumas áreas foi decisivo para esta situação, que foi ainda agravada pela grande pressão de caça existente desde os tempos da colonização. Como resultado, a espécie não é mais encontrada nas suas áreas originais de ocorrência.
É imprescindível a proteção dos remanescentes de Floresta Atlântica, bem como a restauração de áreas degradadas, formando corredores que as conectem. A criação em cativeiro com a finalidade de reintrodução em áreas protegidas é uma estratégia importante, e que já se mostrou eficiente em outros casos.







http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol3.pdf





3 comentários:

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