AVES PROVAVELMENTE EXTINTAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - I
Jaó-do-sul
Jaó-do-sul
Yellow-legged tinamou
Crypturellus noctivagus
noctivagus
Tinamidae
Provavelmente Extinto
Em outros estados brasileiros:
PR (Em perigo); SP (Criticamente
ameaçado); ES (Criticamente ameaçado); MG (Criticamente ameaçado); RS (Provavelmente
extinto).
Também é
conhecido como jaó-do-litoral. Possui um colorido vivo, com a parte anterior do
pescoço e o peito cinza-chumbo, ventre avermelhado, garganta amarela, uropígio
castanho e demais partes amareladas, barradas de negro. É uma das maiores espécies
do gênero, com 32 cm de comprimento e pesando mais de meio quilo. Endêmica da Floresta
Atlântica brasileira vive no chão das florestas de baixada, em áreas bem preservadas,
até 500 m de altitude. Geralmente é notada pelo canto, sendo mais fácil ouvi-la
do que vê-la. De março a setembro vocaliza esporadicamente, podendo passar
despercebida do mais atento observador, mesmo em áreas onde é localmente comum.
Vocalização de Crypturellus noctivagus
Vocalização de Crypturellus noctivagus
Originalmente,
o jaó-do-litoral era encontrado nas áreas de Mata Atlântica de baixada do sul
da Bahia e leste de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. O limite sul de
distribuição da espécie conhecido atualmente é o vale do Itajaí, em Santa
Catarina. O sudeste de São Paulo e o leste do Paraná são tidos atualmente como
os principais redutos da espécie.
A principal
causa do declínio populacional desta espécie é a perda de hábitat pelo
desmatamento. Uma grande porcentagem das áreas florestais da baixada litorânea
foi transformada em áreas de agricultura e empreendimentos turísticos. O
acentuado crescimento demográfico de algumas áreas foi decisivo para esta
situação, que foi ainda agravada pela grande pressão de caça existente desde os
tempos da colonização. Como resultado, a espécie não é mais encontrada nas suas
áreas originais de ocorrência.
É
imprescindível a proteção dos remanescentes de Floresta Atlântica, bem como a restauração
de áreas degradadas, formando corredores que as conectem. A criação em
cativeiro com a finalidade de reintrodução em áreas protegidas é uma estratégia
importante, e que já se mostrou eficiente em outros casos.
http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol3.pdf
Impressionante o som das aves. Parece que estou na mata.
ResponderExcluirObrigado.
ExcluirImpressionante o som das aves. Parece que estou na mata.
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