sábado, 21 de dezembro de 2019

AVES PROVAVELMENTE EXTINTAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – III


AVES PROVAVELMENTE EXTINTAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – III

MUTUM-DO-SUDESTE

Mutum-do-sudeste
Red-billed curassow
Crax blumenbachii
Cracidae

Provavelmente extinto

Situação em outros estados:
ES (Criticamente ameaçada); MG (Criticamente ameaçada).

Também conhecido como mutum-de-bico-vermelho. Endêmica da floresta atlântica do sudeste do Brasil, o mutum-do-sudeste está entre os grandes cracídeos com maior redução de área. Anteriormente era encontrado em floresta primária alta e úmida do sul da Bahia ao sul do Rio de Janeiro. Entretanto a pressão de caça e a perda significativa de habitat deixaram essa espécie restrita a apenas sete fragmentos de floresta. Embora essas áreas florestais estejam protegidas, a caça ilegal ainda ocorre. Acredita-se que a população selvagem não tenha mais que 250 indivíduos. Houve a reintrodução em três áreas de Minas Gerais e em uma área do Rio de Janeiro. O nome em língua inglesa “red-billed curassow”, descreve com precisão esta característica da ave. A fêmea tem plumagem distinta e inicialmente foi descrita como outra espécie.
Voz baixa, quando forrageando, estridente quando perturbado. Geralmente visto em pares, mas já foram registrados grupos de quatro ou mais indivíduos, provavelmente unidades familiares.


© Lev Frid Macaulay Library ML128018261

A espécie tem um comprimento total de 80-93 cm e pesa em média 3,5 kg. Existe dimorfismo sexual na plumagem e tamanho, sendo os machos maiores.
No macho adulto as penas da coroa e nuca são alongadas, com pontas recurvadas, formando uma topete bem desenvolvido e encaracolad. Cabeça (incluindo o topete), pescoço, costas, garupa, asas, cauda e peito preto, com brilho esverdeado. Barriga, coberteiras inferiores e um longo tufo na base das penas tibiais, brancas. Pele de cores vivas (cere) na base do bico, geralmente com botão e barbelas.


Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios Macaulay Library ML62795121

Na fêmea adulta o padrão é semelhante ao macho. O topete é preto com barras brancas proeminentes. A plumagem é principalmente preta, como no macho, mas a barriga, as coberteiras inferiores e os tufos nas penas da tíbia são marrom-canela ou ocráceo, em vez de brancos. As asas são marcadas de forma variável com barras onduladas de ruivo a castanho. Cere na base do bico, de cor opaca.


Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refugios Macaulay Library ML64185921

A íris é marrom escuro no macho, ou marrom claro na fêmea. Área estreita de pele nua ao redor dos olhos de coloração castanha arroxeada.
O bico é vermelho com ponta preta no macho ou marrom opaco na fêmea Cere e barbela vermelha brilhante ou laranja-vermelho no macho; cere enegrecido na fêmea.
Tarso e dedos do pé cor de carne enegrecida no macho ou rosa alaranjada opaca na fêmea.
Crax blumenbachii era amplamente difundido no leste do Brasil, da Bahia ao sul, através do Espírito Santo e leste de Minas Gerais, até o Rio de Janeiro. Atualmente, são conhecidas populações selvagens de oito reservas, no Espirito Santo e na Bahia.
Não há registros confirmados de aves selvagens no Rio de Janeiro desde 1963 e nenhum em Minas Gerais desde a década de 1970, no entanto, as aves foram reintroduzidas (2005). Um programa bem-sucedido de criação e reprodução em cativeiro aumentou os números na natureza (2007), incluindo 28 aves libertadas e monitoradas por radio entre agosto de 2006 e setembro de 2007 na REGUA (Reserva Ecológica do Guapiaçu), em Cachoeiras de Macacu (RJ). Desse grupo nove aves morreram até setembro de 2007. A população total permanece extremamente pequena.
Segundo Roberto Azeredo, grande pesquisador e criador científico, somente o macho constrói o ninho, usando cipós e galhos retorcidos. Outros materiais não são utilizados pelas aves na construção do ninho. A fêmea ajuda no final da construção. O período de reprodução é de agosto a março e varia entre as áreas geográficas. Em cativeiro, uma fêmea põe geralmente dois ovos. Os filhotes eclodem após 28 dias e são tratados pelos pais por um período mínimo de quatro meses (Roberto Azeredo, comunicação pessoal, IBAMA 2004).
O mutum-de-bico-vermelho utiliza a maior parte de seu tempo ativo forrageando no chão, mas também empoleira nas árvores para procurar alimento, descansar ou escapar de predadores. A capacidade de voar é limitada, como em outros cracídeos.
Os mutuns empoleiram à noite nas árvores. Vários indivíduos costumam usar a mesma área para empoleirar. Tipicamente, um macho adulto e uma fêmea adulta empoleiram-se juntos, mas um macho adulto pode empoleirar-se com várias fêmeas. Entretanto dois ou mais machos adultos não se acomodam juntos.
Os adultos são territoriais. Os machos adultos reintroduzidos na Reserva Ecológica de Guapiaçu ficavam em média 3 km um do outro, sugerindo que os machos respeitam os territórios.
Segundo o professor Helmut Sick o mutum-do-sudeste é espécie monogâmica, mas pode tornar-se poligínica se houver um número reduzido de machos em relação à quantidade de fêmeas disponíveis.
Vive geralmente solitário ou aos pares. Indivíduos reintroduzidos na fazenda Macedônia em Minas Gerais foram vistos junto com jacupemba (Penelope superciliaris), desenvolvendo as mesmas atividades no solo.
Muitas das aves reintroduzidas na Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA), em Cachoeiras de Macacu (RJ), foram mortas por predadores naturais, como a onça suçuarana e a jaguatirica, e também por grandes gaviões do gênero Spizaetus (gavião-pega-macaco e gavião-pato). No início do estudo, cães domésticos que pertenciam aos moradores das comunidades do entorno da REGUA, mataram alguns dos mutuns reintroduzidos.



LINKS

IUCN

NEOTROPICAL BIRDS

LIVRO VERMELHO ICMBIO - AVES



REFERÊNCIAS

C. S. S. BERNARDO, H. LLOYD, F. OLMOS, L. F. CANCIAN, M. GALETTI. Using post-release monitoring data to optimize avian reintroduction programs: a 2-year case study from the Brazilian Atlantic Rainforest. Animal Conservation, v.14, p.676-686, 2011.

CHRISTINE S. S. BERNARDO, HUW LLOYD, NICHOLAS BAYLY, MAURO GALETTI. Modelling post-release survival of reintroduced Red-billed Curassows Crax blumenbachii. Ibis, v.153, p.562–572, 2011.

CHRISTINE S. S. BERNARDO, NICHOLAS LOCKE. Reintroduction of red-billed curassow Crax blumenbachii to Guapiaçu Ecological Reserve, Brazil. Conservation Evidence, v.11, p.7-7, 2014.

FRANCISCO MALLET-RODRIGUES, JOSÉ FERNANDO PACHECO. The local conservation status of the regionally rarest bird species in the state of Rio de Janeiro, southeastern Brazil. Journal of Threatened Taxa, v.7, n.9, p.7510-7537, 2015.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

AVES PROVAVELMENTE EXTINTAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - II


AVES PROVAVELMENTE EXTINTAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

SOCÓ-BOI-ESCURO

Socó-boi-escuro
Fasciated tiger-heron
Tigrisoma fasciatum
Ardeidae

Provavelmente extinto

Situação em outros estados brasileiros: MG (Criticamente ameaçado); PR (Ameaçado); SP (Criticamente ameaçado).

Também conhecido como socó-jararaca. É uma espécie de socó que se caracteriza pela plumagem escura na qual predomina nas partes dorsais a cor negra, finamente barrada de branco, apresentando a coroa totalmente preta. A região ventral é branca, com tons amarronzados nos lados da barriga.. A íris é amarela, a região periocular e a base do bico são de coloração verde amarelada e os tarsometatarsos são curtos e esverdeados.



Embora ocorrendo em uma área extensa, o socó-boi-escuro é incomum e pontual em toda a sua área de distribuição. Eles ocorrem ao longo de córregos e rios rochosos na floresta subtropical. Prefere rios de pequeno a médio porte, de correnteza rápida, em terrenos montanhosos, com águas límpidas e transparentes, densamente florestados em suas margens.
Permanecem em pé, imóveis sobre pedregulhos ou cascalho no centro do riacho. Embora prefira percorrer o leito dos rios, tanto nas margens quanto nas pedras que afloram da água, pode empoleirar-se em árvores altas. Entretanto ocupa exclusivamente os ambientes ribeirinhos, não havendo registro de sua presença fora desse hábitat. Trata-se de uma espécie muito tímida, que alça voo assim que nota algum distúrbio, crocitando em tom rouco, ou desaparece rápida e silenciosamente.


É uma espécie com grande exigência de hábitat. Por causa desta peculiaridade, têm escassos registros no Brasil, o que também pode ser motivado pelo seu comportamento tímido e assustadiço, dificultando a observação. Registros históricos anteriores a 2005 foram obtidos em Campos dos Goytacazes, porém não há registros recentes no Estado do Rio de Janeiro, havendo poucas observações da espécie feitas nos últimos 10 anos no Brasil.
Alimentam-se principalmente de peixes, preferindo peixes de pequeno porte, como cascudos e acarás, mas também captura insetos e larvas, e talvez moluscos, crustáceos, anfíbios e pequenas cobras.
A principal ameaça à espécie é, sem dúvida, a alteração de seu hábitat. O efeito do extrativismo de essências arbóreas e, em especial, da erradicação dos ambientes originais para fins imobiliários ou de outros significados econômicos, têm efeito danoso imediato.  As intervenções indiretas na qualidade da água dos rios por ela habitados também são ameaças concretas, como o assoreamento e carreamento de sedimentos, o despejo de dejetos, defensivos agrícolas e outras substâncias que alteram as condições físico-químicas da água, além da perturbação causada pelo turismo sem controle e a invasão de áreas protegidas por grupos variados (indígenas, grileiros, madeireiros, etc).







terça-feira, 10 de dezembro de 2019

AVES PROVAVELMENTE EXTINTAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - I


AVES PROVAVELMENTE EXTINTAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - I

Jaó-do-sul


Jaó-do-sul
Yellow-legged tinamou
Crypturellus noctivagus noctivagus
Tinamidae

Provavelmente Extinto

Em outros estados brasileiros:
PR (Em perigo); SP (Criticamente ameaçado); ES (Criticamente ameaçado); MG (Criticamente ameaçado); RS (Provavelmente extinto).




Também é conhecido como jaó-do-litoral. Possui um colorido vivo, com a parte anterior do pescoço e o peito cinza-chumbo, ventre avermelhado, garganta amarela, uropígio castanho e demais partes amareladas, barradas de negro. É uma das maiores espécies do gênero, com 32 cm de comprimento e pesando mais de meio quilo. Endêmica da Floresta Atlântica brasileira vive no chão das florestas de baixada, em áreas bem preservadas, até 500 m de altitude. Geralmente é notada pelo canto, sendo mais fácil ouvi-la do que vê-la. De março a setembro vocaliza esporadicamente, podendo passar despercebida do mais atento observador, mesmo em áreas onde é localmente comum.

Vocalização de Crypturellus noctivagus

Originalmente, o jaó-do-litoral era encontrado nas áreas de Mata Atlântica de baixada do sul da Bahia e leste de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. O limite sul de distribuição da espécie conhecido atualmente é o vale do Itajaí, em Santa Catarina. O sudeste de São Paulo e o leste do Paraná são tidos atualmente como os principais redutos da espécie.
A principal causa do declínio populacional desta espécie é a perda de hábitat pelo desmatamento. Uma grande porcentagem das áreas florestais da baixada litorânea foi transformada em áreas de agricultura e empreendimentos turísticos. O acentuado crescimento demográfico de algumas áreas foi decisivo para esta situação, que foi ainda agravada pela grande pressão de caça existente desde os tempos da colonização. Como resultado, a espécie não é mais encontrada nas suas áreas originais de ocorrência.
É imprescindível a proteção dos remanescentes de Floresta Atlântica, bem como a restauração de áreas degradadas, formando corredores que as conectem. A criação em cativeiro com a finalidade de reintrodução em áreas protegidas é uma estratégia importante, e que já se mostrou eficiente em outros casos.







http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/publicacoes/publicacoes-diversas/livro_vermelho_2018_vol3.pdf





quinta-feira, 24 de outubro de 2019

AS ARAPONGAS BRASILEIRAS


As arapongas são aves passeriformes da família Cotingidae, restritas às Américas Central e do Sul. São conhecidas quatro espécies, das quais três ocorrem no Brasil. São aves grandes com envergadura variável de 30 a 35 cm e comprimento total entre 25 e 30 cm, com peso médio em torno de 200 gramas. As fêmeas são menores e mais leves. A cor predominante nos machos é a branca, enquanto as fêmeas são crípticas, de coloração verde oliva e amarelada.
Embora seja conhecida na língua inglesa como “Bellbird”, a voz dos machos lembra mais o som produzido pelo martelo batendo na bigorna do ferreiro, do que o som de sinos, principalmente na espécie do sudeste. No Brasil também são chamados de ferreiro e ferrador. A voz do araponga-da-Amazônia é a que lembra mais um som de sino. Somente os machos vocalizam. As fêmeas são silenciosas e furtivas, como convém a quem precisa cuidar da prole em um mundo cheio de predadores.
Existe uma lenda recontada pelo visconde de Taunay a respeito de uma disputa vocal entre a araponga e a onça.
A onça desafiou a araponga para testarem quem tinha a voz mais forte. A araponga topou. A onça subiu na mesma árvore onde estava a araponga e soltou um esturro tão medonho que a bicharia sumiu e a floresta ficou em silêncio. A araponga começou então a limar suavemente seu “rein, rein, rein...”. A onça ouvindo o suave som riu e debochou: - Então é isso? A araponga continuou limando “rein, rein, rein...”, e de repente soltou sua poderosa martelada “pem, pem, pem...”. A onça levou um susto tão grande que caiu da árvore. Envergonhada e com o rabo entre as pernas, saiu de fininho. Assim contam os índios.
São aves robustas que ocorrem tanto nas terras baixas, frequentando inclusive as restingas, como nas montanhas. São mais facilmente ouvidas do que avistadas.
Possuem um bico fraco, largo e fendido de forma que a comissura chega até embaixo dos olhos. As narinas são ovais e expostas. As asas são compridas e as remiges são largas com as pontas acuminadas. O dedo médio tem a falange basal quase inteiramente unida ao dedo externo. Podem apresentar carúnculas eréteis (lembram a do peru) na base do bico.
São frutívoras engolidoras. Conseguem engolir frutos grandes como juçara e açaí e posteriormente regurgitam as sementes sem danificá-las, funcionando, portanto como bons dispersores.
Chave artificial para as espécies do gênero Procnias
A.  Plumagem inteiramente branca
a.   Garganta não emplumada - Procnias nudicollis
b.   Garganta com plumas
                                         i.    Carúncula erétil na fronte - Procnias albus albus
                                       ii.    No leste do Pará – Procnias albus wallacei
B.   Plumagem não totalmente branca
a.   Cabeça marrom e plumagem cinzenta – Procnias averano carnobarba
b.   Cabeça marrom e asas pretas - Procnias averano averano
c.   Cabeça, pescoço e peito brancos, com asas, dorso e abdômen marrom - Procnias tricarunculatus

Sistemática

Ordem: Passeriformes
Família: Cotingidae
Subfamília: Cotinginae

Araponga-da-Amazônia
Procnias albus 

Procnias a. albus – Sudeste da Venezuela até as Guianas e leste da Amazônia brasileira
Procnias a. wallacei – Norte do Brasil (Leste do Pará)


httpsneotropical.birds.cornell.eduSpecies-Accountnbspecieswhibel2overview


Araponga-do-Nordeste
Procnias averano


Procnias a. averano – Nordeste do Brasil, do Maranhão e Piauí até Pernambuco e Alagoas.
Procnias a. carnobarba - Trinidad, Norte da Venezuela e Guiana Inglesa, e região adjacente do Brasil (Roraima).



httpsneotropical.birds.cornell.eduSpecies-Accountnbspeciesbeabel1overview

Araponga-do-Sudeste
Procnias nudicollis

Procnias n. nudicollis - Pernambuco, sul da Bahia, Minas Gerais até o Rio Grande do Sul, sul de Mato Grosso do Sul e regiões vizinhas da Argentina e Paraguai.



httpsneotropical.birds.cornell.eduSpecies-Accountnbspeciesbatbel1overview

Existe uma quarta espécie, Procnias tricarunculatus, para a qual ainda não existe evidência de ocorrência no Brasil.


httpsneotropical.birds.cornell.eduSpecies-Accountnbspeciesthwbeloverview

Procnias tricarunculatus

América central: Honduras, Nicaraguá, Costa Rica e Panamá. 

Vejam outras imagens

Procnias averano

Procnias nudicollis

Procnias albus

Procnias tricarunculatus

Ouçam as fantásticas vocalizações.

Procnias albus

Procnias averano

Procnias nudicollis

Procnias tricarunculatus

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

AVES DE NITERÓI

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

AVIFAUNA DE NITERÓI: UM GUIA PARA RESIDENTES E VISITANTES

Môsar Lemos
INTRODUÇÃO

O município de Niterói conta com uma área de cento e trinta quilômetros quadrados e está localizado na micro-região do chamado grande Rio, no Estado do Rio de Janeiro, a vinte e dois graus de latitude Sul e quarenta e três graus de longitude Oeste, e possui atualmente uma população de cerca de quatrocentos e cinqüenta mil habitantes. A temperatura oscila entre dezenove e trinta graus ao longo do ano.
            Limita-se ao Norte com o município de São Gonçalo e com a baía da Guanabara; ao Sul limita-se com o Oceano Atlântico; a Leste com os municípios de Maricá e São Gonçalo e a Oeste com a baía da Guanabara.
            A altitude varia do nível do mar passando por duzentos e setenta metros no Parque da Cidade, tendo o ponto mais alto no Parque Estadual da Serra da Tiririca onde atinge a cota de 412 metros. Possui um clima tropical, quente e úmido (ZAIDMAN 1985).
            Conhecida como “cidade sorriso”, Niterói que em língua indígena significa “água escondida”, comemora sua fundação como sendo 22 de novembro de 1573, que na realidade foi a data em que Araribóia (cobra feroz), chefe indígena Temiminó, batizado como Martim Afonso de Souza, tomou posse da sesmaria que lhe foi dada pela coroa portuguesa como pagamento pelo auxílio na expulsão dos franceses do Rio de Janeiro.


Figura 1. Estátua de Araribóia na estação hidroviária.

Inicialmente com o nome de Aldeia de São Lourenço dos Índios, em 1819 foi elevada a condição de vila como o nome de Vila Real da Praia Grande. Em 1835 passou a ter a condição de cidade e declarada como capital da província do Rio de Janeiro e recebeu seu nome atual. Foi a capital do Estado do Rio de Janeiro até 1975, exceto durante o período compreendido entre 1894 a 1903 quando a capital foi mudada para Petrópolis (WEHRS 1984). Niterói ocupa hoje posição de destaque em qualidade de vida, sendo considerada a quarta cidade do Brasil sob este aspecto, e apesar do desenvolvimento urbano acelerado, e das agressões ao que restou da floresta Atlântica no município, ainda existem áreas verdes em Niterói capazes de abrigar alguns representantes da rica avifauna fluminense. Estes remanescentes de vegetação podem ser encontrados principalmente nos morros que circundam a cidade: Morro de São Lourenço, Morro da Viração, Morro da Boa Viagem, Gragoatá, São Domingos e Morro do Estado. Áreas verdes mais extensas são encontradas na Serra Grande, que faz divisa entre o primeiro e o segundo distrito, Serra de Jurujuba e Serra do Malheiro em Itaipu. Existe ainda a Serra da Tiririca na divisa dos municípios de Niterói e Maricá, que se inicia junto à praia de Itacoatiara e projeta-se até o Engenho do Mato, onde foi criado o Parque Estadual da Serra da Tiririca através da Lei Estadual 1901 de onze de novembro de 1991.
            O Parque da Cidade, situado no morro da Viração de São de Francisco, com uma altitude de duzentos e setenta metros, com acesso pelo bairro de São Francisco e que se estende até Piratininga, onde alcança a cota de três metros dando lugar em alguns trechos à restinga já quase totalmente descaracterizada que se confronta com a laguna de Piratininga.


Figura 2. Parque Estadual da Serra da Tiririca.

As lagunas de Piratininga e Itaipú foram degradadas ao longo dos anos através de um processo de urbanização mal planejado. A bacia hidrográfica das lagunas de Piratininga e Itaipu está situada integralmente em Niterói, na região Oceânica e compreende uma área de 45,5 km², sendo delimitada pelas cristas dos Morros da Viração, Preventório, Sapezal, Santo Inácio e pelas Serra Grande (Morros do Cantagalo e Jacaré) e da Tiririca. A bacia é formada por rios e valas de pequena extensão e pelas lagunas de Piratininga e Itaipu, cujo espelho d’água, somado, é de 3,85 km2. As águas que descem das encostas e escoam pela planície, atingem inicialmente as lagunas e em seguida o maratravés de um canal artificial que liga a Laguna de Itaipu com a praia de mesmo nome, construído em 1979. A Laguna de Piratininga escoa suas águas em direção a Laguna de Itaipu, por intermédio do Canal do Camboatá, que possui 2,15 km, largura média de 9,5 m e profundidade média de 0,40 m.  A laguna de Piratininga possui cerca de três quilômetros quadrados com uma profundidade que varia de 0,30 m a 1,50 m, sendo mais comprida do que larga, perpendicular ao litoral. Na década de quarenta foi aberto o canal artifical do Camboatá, e em 1979 foi aberto o canal de Camboinhas ligando a laguna de Itaipu ao mar, o que contribuiu para escoar a água da laguna de Piratininga, já que ela está em um nível mais alto do que Itaipu.


Figura 3. Laguna de Piratininga.

            O acesso para o mar junto à ponte do Tibau foi reaberto com a construção de um túnel que permite que a água do mar penetre na laguna durante a maré cheia. O que resta deste ecossistema composto pelas lagunas de Piratininga, Itaipu, o manguezal e a restinga adjacente têm sido precariamente mantidos como Área de Preservação Ambiental, com respaldo na Lei 9605/98. A laguna de Itaipu é bem menor com cerca de um quilômetro quadrado, porém a profundidade em alguns pontos chega a seis metros. O processo de degradação mais acentuado na laguna de Piratininga, paradoxalmente favorece a avifauna já que impossibilita a prática de esportes aquáticos, o que não ocorre com a laguna de Itaipu onde a prática deste tipo de atividade colabora para diminuir a presença de aves no local.


Figura 4. Outro aspecto da laguna de Piratininga.

            A prática da pesca artesanal por alguns pescadores parece não interferir com as aves das lagunas, entretanto a prática de atear fogo à vegetação para que alguns bovinos e eqüinos possam pastar durante a rebrota do capim, pode prejudicar a comunidade de aves existente.
            Existem várias ilhas litorâneas em Niterói, dentre elas a ilha dos Amores, Caju, Conceição, Mocanguê Grande, Mocanguê Pequena, Boa Viagem, Caximbau, Santa Cruz, Viana, Cardos, todas elas localizadas dentro da baía de Guanabara, além de algumas ilhas oceânicas, Veado, Pimenta, Pai, Mãe e Filha.             Niterói é cortado por vários rios dentre eles o rio Icaraí, o rio Vicência, o rio Santa Rosa, o rio Maria Paula, o rio Caramujo, o rio Muriqui e o rio Várzea das Moças, todos muito assoreados e com seus cursos modificados.


Figura 5. Interior da floresta na Tiririca.

            O presente relato não encerra o estudo sobre a avifauna de Niterói. Ao contrário mostra que muito ainda há por fazer.  Provavelmente um bom número de espécies que não se mostram com facilidade ou não saem de seus ambientes naturais, não estão aqui representados. Algumas espécies nidificam nas ilhas e visitantes ocasionais podem ser nelas vistos em diferentes épocas do ano.

ONDE ENCONTRAR AS AVES?
        

Durante a primeira fase do estudo, foi consultada a bibliografia disponível, e foram anotadas no campo as aves encontradas, observadas à vista desarmada ou com o auxílio de binóculos, e também através de algumas identificações pela voz da ave. 
            Em uma fase posterior foram dedicadas algumas horas na parte da manhã ao menos duas vezes por semana em um local específico para a observação, e o ponto mais visitado ao longo destes anos foi a laguna de Piratininga e a restinga que a circunda. Desta forma, foi registrado até o final de dezembro de 2004, um total de cento e trinta e oito espécies de aves, distribuídas em quarenta e três famílias (seis subfamílias) dentro de dezoito ordens diferentes. A maioria destas aves pode ser vista ou ouvida por qualquer observador mais cuidadoso. As espécies localizadas provavelmente representam uma pequena parcela de todo o contingente de aves locais, se comparadas as quatrocentas espécies que já foram identificadas no município do Rio de Janeiro (Sick, 1985).
           
Relacionamos os locais de observações de acordo com a proximidade ou de acordo com o ambiente predominante, listando as espécies que podem ser observadas nestes locais.

Alto Mourão

Ponto culminante de Niterói (412m) situa-se no limite com o município de Maricá. Pertence ao Parque Estadual da Serra da Tiririca, abrigando uma grande variedade de espécies vegetais. Também chamada de Pedra do Elefante ou Falso Pão-de-Açúcar, esta rocha é um dos roteiros turísticos mais requisitados e conhecidos de Niterói, e sua trilha de acesso inicia-se no Mirante de Itaipuaçu, passando por trecho de capim colonião, e, logo após, Floresta Atlântica em processo espontâneo de regeneração. 
Baia da Guanabara
Compreende a própria baia

Campo De São Bento
A mais antiga área verde programada de Niterói é parte da sesmaria doada a Araribóia em 1568. Recebeu esse nome de seus antigos proprietários beneditinos. Começou a ser construído por volta de 1880, tendo sua urbanização se efetivado em 1908. É a maior área verde de Icaraí, com cerca de 50.000 metros quadrados e abriga centenas de espécies de plantas, entre as quais se destacam o pau-brasil e o pau-ferro. Possui um chafariz e um lago artificial. Acesso pela Av. Roberto Silveira, pela Rua Lopes Trovão, pela Rua Gavião Peixoto e pela Rua Domingues de Sá.
Campus do Valonguinho
            O campus do Valonguinho da Universidade Federal Fluminense, ocupa o Outeiro de São João Baptista localizado no centro de Niterói. Tem seus limites definidos pela Avenida Visconde de Rio Branco, Hernani de Melo. Tem uma área de aproximadamente 10 ha. Possui um fragmento florestal, em crescimento graças a um programa de reflorestamento encabeçado pelo professor Paulo Fevereiro do Departamento de Botânica, daquela Universidade.
Centro
Centro da cidades e os bairros adjacentes, a estação das lanchas, e o bairro da Ponta da Areia.
Costão De Itacoatiara

Também chamado de Pedra de Itacoatiara ou Tucum, adentra o oceano, formando a Ponta de Itacoatiara, componente notável da praia de mesmo nome, à esquerda de quem olha para o mar.  Com aproximadamente 250m de altura, esta rocha está incluída no Parque Estadual da Serra da Tiririca e possui uma vegetação predominantemente rupícola, com muitas bromélias e orquídeas, além de dois trechos de floresta atlântica, um no cume e outro na encosta leste.  

Enseada Do Bananal

Anfiteatro natural de rochas gigantescas, espremido entre o Alto Mourão e o Costão de Itacoatiara. A enseada faz parte do Parque Estadual da Serra da Tiririca, e nela se situa a parte marinha daquela unidade de conservação.  Possui cobertura vegetal secundária de floresta atlântica, ou seja, já foi destruída diversas vezes e atualmente encontra-se em regeneração. 
Horto Florestal Nilo Peçanha
Foi criado, por decreto em maio de 1906, com a finalidade de cultivar e distribuir aos lavradores sementes e mudas de frutíferas e plantas medicinais. Sua história é marcada por sucessivas fases de prestígio e declínio e sofreu duas grandes reformas, em 1950 e 1975. 
Lagunas de Itaipu E Piratininga
Compreende a área das lagunas, os manguezais e mais os remanescentes da restinga que as contornam. 
            O que resta deste ecossistema composto pelas lagunas de Piratininga, Itaipu, o manguezal e a restinga adjacente tem sido precariamente mantido como Área de Preservação Ambiental, com respaldo na Lei 9605/98.
     O processo de degradação mais acentuado na laguna de Piratininga, paradoxalmente favorece a avifauna já que impossibilita a prática de esportes aquáticos, o que não ocorre com a laguna de Itaipu onde a prática deste tipo de atividade colabora para diminuir a presença de aves no local. A prática da pesca artesanal por alguns pescadores parece não interferir com as aves das lagoas, entretanto a prática de atear fogo à vegetação para que os pequenos rebanhos (bovinos e eqüinos) possam pastar durante a rebrota do capim, pode prejudicar a comunidade de aves existente.

Morro Das Andorinhas

Elevação que faz a divisa entre o bairro de Itacoatiara e Itaipu, sendo área de preservação permanente e parcialmente tombada como patrimônio histórico pelo IPHAM e SPHAM.  Sua trilha de acesso inicia-se nos arredores da Igreja de São Sebastião de Itaipu, levando a vários mirantes ao longo de sua cumeeira, certamente um dos maiores atrativos do roteiro. 
Parque Da Cidade
Reserva biológica municipal, localizada no alto do Morro da Viração, numa altitude de 270 metros, ocupando uma área de cerca de 15 hectares, foi inaugurado em 21 de setembro de 1976. No local existe uma fonte natural e algumas ruínas de um posto de Atalaia português dos anos 1500/1600. A mata do parque é formada predominantemente de eucaliptos e alguns exemplares remanescentes da Floresta Atlântica. Possui um mirante e dele pode-se ter uma visão panorâmica das lagunas de Piratininga e Itaipu; das praias de Piratininga, Itaipu e Camboinhas; e de alguns bairros; da Baía de Guanabara em toda a sua extensão e do mar aberto, até  o horizonte. O acesso é feito a partir da Igreja de São Francisco Xavier, passando pelo antigo Clube Hípico Fluminense e subindo pela Estrada Nossa Senhora de Lourdes.

Parque Estadual Da Serra Da Tiririca

          Começa entre as Praias de Itacoatiara e Itaipuaçu, estendendo-se entre Niterói e Maricá até a Rodovia Amaral Peixoto (RJ 106) na divisa com São Gonçalo. Apresenta nos trechos mais elevados porções significativas de matas em bom estado de conservação. A serra é basicamente revestida por mata secundária em vários estágios de regeneração e sua flora é composta em sua maioria por espécies nativas da Floresta Atlântica.  

Parque Monteiro Lobato

Situado no Barreto, e com 34 mil metros quadrados de área, o então horto municipal, criado na década de 50, foi transformado em parque em 1978. Entre as espécies da flora existente no destaca-se uma corticeira centenária. Hoje também funciona ali um horto de produção de mudas para reflorestamento e arborização da cidade.
Praias
            Todo o litoral de praias, tanto da baía, como as oceânicas: Ponta d’Areia, Gragoatá, Boa Viagem, Flechas, Icaraí, São Francisco, Charitas e Jurujuba no interior da baía. Piratininga, Camboinhas, Itaipu e Itacoatiara pelo lado do Oceano Atlântico.
Rodovia Niterói Manilha (Br 101)
            Compreende um trecho de manguezais do fundo da baía da Guanabara, desde a ilha da Conceição até a desembocadura do rio Bomba no limite com o município de São Gonçalo.
Santa Rosa
            Bairro afastado do centro e localizado em um vale entre os morros da Ititioca, Bumba e outros, com uma razoável cobertura vegetal remanescente.

Trilha de São Francisco a Piratininga

Inicia na Estrada da Viração, nas proximidades da Igreja de São Francisco Xavier, continuando até o Parque da Cidade em subida íngreme, e de lá seguindo a cumeeira dos Morros do Preventório e da Viração, através de estradinhas de terra e trilhas, até descer ao bairro Jardim Imbuí, à beira da laguna de Piratininga. A trilha adentra os últimos resquícios de floresta do conjunto de morros que divide os bairros de São Francisco e Charitas da Região Oceânica. A cobertura vegetal ora apresenta-se em áreas de reflorestamento de eucalipto e mata secundária, ora em áreas degradadas, invadidas por posseiros ou tomadas por capim colonião. 
Vital Brasil
        Bairro onde estão instalados o Instituto Vital Brasil e a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense. É um bairro residencial relativamente bem arborizado, o que favorece a presença de algumas aves mais sinantrópicas.

AS AVES

FAMILIA

ESPÉCIE
NOME POPULAR
SPHENISCIDAE

Spheniscus magellanicus

Pinguim-de-Magalhães
PODICIPEDIDAE
Podilymbus podiceps
Tachybaptus dominicus    
Mergulhão
Mergulhão-pequeno
PROCELLARIDAE
Puffinus puffinus     
Bobo pequeno
PHAETHONTIDAE
Phaethon aethereus
Rabo de palha
SULIDAE
Sula leucogaster
Atobá
PHALACROCORACIDAE
Phalacrocorax brasilianus
Biguá
FREGATIDAE

Fregata magnificens                     

Fragata, tesourão
ARDEIDAE
 Ardea cocoi      
Egretta alba
Egretta thula
Bubulcus ibis          
Egretta caerulea
Nycticorax nycticorax
Butorides striatus
Maguari, socó grande
Garça-branca-grande
Garça-branca-pequena
Garça-vaqueira
Garça-azul, garça-morena
Savacú, socó-dorminhoco
Socoí
THRESKIORNITHIDAE
Phimosus infuscatus
Ajaia ajaja    
Tapicurú de cara pelada
Colhereiro, aiaiá

CATHARTIDAE
Coragyps atratus
Cathartes aura
Cathartes burrovianus
Urubu
Urubu de cabeça vermelha
Urubu de cabeça amarela

ANATIDAE
Dendrocigna viduata
Anas bahamensis
Netta erythrophtalma
Amazonetta brasiliensis
Marreca irere, irere
Marreca toicinho
Paturi-preta
Marreca pé vermelho





ACCIPITRIDAE
Leptodon cayanensis
Chondrohierax uncinatus
Rupornis magnirostris
Leucopternis lacernulata
Buteogallus meridionalis
Parabuteo unicinctus
Buteo albicaudatus
Buteo brachyurus
Harpyhaliaetus coronatus
Elanoides forficatus
Gavião de cabeça cinza
Gavião caracoleiro
Gavião carijó
Gavião pomba
Gavião caboclo
Gavião asa de telha
Gavião de cauda branca
Gaviaão de cayda curta
Águia cinzenta
Gavião-tesoura
PANDIONIDAE
Pandion haliaetus
Aguia pescadora




FALCONIDAE




Herpetotheres cachinans
Milvago chimachima
Caracara plancus
Falco peregrinus
Falco femoralis
Falco sparverius
Falco rufigularis
Micrastur ruficollis
Acauã
Carrapateiro
Carcará, gavião carcará
Falcão peregrino
Falcão de coleira
Quiriquiri, gavião quiriquiri
Cauré
Gavião
ARAMIDAE
Aramus guarauna
Carão


RALLIDAE
Rallus nigricans
Rallus sanguinolentus
Porzana albicollis
Aramides cajanea
Gallinula chloropus
Porphyrula martinica
Saracura sanã
Sanã
Sanã carijó
Saracura tres potes
Frango d’água
Frango d’água azul
CARIAMIDAE
Cariama cristata
Seriema
JACANIDAE
Jacana jacana
Jaçanã, piaçoca
HAEMATOPODIDAE
Haematopus palliatus
Piru-piru
CHARADRIDAE
Vanellus chilensis
Charadrius collaris
Quero-quero
Batuíra de coleira
SCOLOPACIDAE
Gallinago gallinago
Tringa flavipes
Narceja
Maçarico de perna amarela
STERCORARIDAE
Stercorarius parasiticus
Gaivota rapineira

LARIDAE
Larus dominicanus
Sterna hirundinacea
Sterna eurygnatha
Gaivotão, gaivota
Trinta réis de bico vermelho
Trinta réis de bico amarelo
RYNCHOPIDAE
Rynchops niger
Talha-mar, corta água


COLUMBIDAE
Patagioenas picazuro
Columba livia
Columbina talpacoti
Columbina minuta
Leptotila verreaux
Trocal
Pombo doméstico
Rolinha
Rolinha de asa canela
Juriti




PSITTACIDAE
Diopsittaca nobilis
Primolius maracana
Aratinga leucophtalma
Aratinga aurea
Pirrhura frontalis
Brotogeris tirica
Nandayus nenday
Amazona aestiva
Amazona amazonica
Maracanã nobre
Maracanã
Periquitão maracanã
Periquito estrela
Tiriba de testa vermelha
Periquito rico
Periquito de cabeça preta
Papagaio verdadeiro
Curica

CUCULIDAE
Crotophaga ani
Crotophaga major
Guira guira
Tapera naevia
Piaya cayana
Anu preto
Anu coroca. Groló
Anú branco
Saci, peixe frito
Alma-de-gato, rabilonga
TYTONIDAE
Tyto alba
Suindara, coruja das torres


STRIGIDAE
Otus choliba
Glaucidium brasilianum
Speotyto cunicularia
Rhinoptynx clamator
Strix huhula
Corujinha do mato
Caburé
Coruja buraqueira
Coruja orelhuda
Coruja preta
NICTIBIIDAE
Nictibius griseus
Urutau, mãe da lua
CAPRIMULGIDAE
Hydropsalis brasiliana
Caprimulgus longirostris
Bacurau tesoura
Bacurau da telha
APODIDAE
Streptoprocne zonaris
Chaetura andrei
Andorinhão de coleira
Andorinhão-do-temporal

TROCHILIDAE
Eupetomena macroura
Melanotrochilus fuscus
Chlorostilbon aureoventris
Amazilia fimbriata
Hylocharis cyanus
Thalurania glaucopis
Beija flor tesoura
Beija flor preto e branco
Besourinho bico vermelho


PICIDAE
Colaptes campestris
Melanerpes flavifrons
Picumnus cirratus
Celeus flavescens
Pica pau do campo
Benedito de testa amarela
Pica pau anão barrado
Pica pau cabeça amarela
RAMPHASTIDAE
Selenidera maculirostris
Araçari-poca
ALCEDINIDAE
Ceryle torquata
Martim pescador grande
THAMNOPHILIDAE

Thamnophilus palliatus

Choca listrada
FURNARIIDAE
FURNARIINAE

SYNALLAXINAE

 

Furnarius rufus

Furnarius figulus

Certhaxis cinnamomea

João-de-barro
João-nordestino
Curutié





TYRANNIDAE
Camptostoma obsoletum
Myiophobus fasciatus
Fluvicola nengeta
Arundinicola leucocephala
Tyrannus melancholicus
Tyrannus savana
Megarhynchus pitangua
Hirundinea ferruginea
Pitangus sulphuratus
Myiozetetes similis
Todirostrum poliocephalum
Todirostrum cinereum
Myiophobus fasciatus
Elaenia flavogaster
Satrapa icterophrys
Myiodynastes maculatus
Risadinha

Lavadeira mascarada
Viuvinha
Suirirí
Tesourinha
Benteví de bico chato
Gibão de couro
Benteví
Bentevizinho penacho verm
Teque teque

Filipi
Guaracava barriga amarela
Suiriri pequeno
HIRUNDINIDAE
Notiochelidon cyanoleuca
Tachyneta leucorrhoa
Stelgidopteryx ruficollis
Andorinha das casas
Andorinha sobre branco
Andorinha serrrador
TROGLODYTIDAE
Thryothorus longirostris
Troglodytes musculus
Donacobius atricapillus
Garrinchão bico grande
Cambaxirra, garrincha
Japacanim
MUSCICAPIDAE
TURDINAE

Turdus rufiventris
Turdus amaurochalinus
Turdus leucomelas
Platycichla flavipes
Sabiá laranjeira
Sabiá poca
Sabiá barranco
Sabiá una
MIMIDAE
Mimus saturninus
Sabiá do campo

MOTACILLIDAE
ICTERINAE




 
PARULINAE

COEREBINAE
THRAUPINAE








EMBERIZINAE
Anthus lutescens
 
Icterus jamacaii
Leistes superciliaris
Gnorimopsar chopi
Molothrus bonariensis
Agelaius ruficapillus
Parula pitiayumi
Geothlyps aequinoctialis
Coereba flaveola
Thlypopsis sordida
Hemithraupis ruficapilla
Ramphocelus bresilius
Euphonia chlorotica
Thraupis sayaca
Thraupis palmarum

Schistochlamis ruficapilla

Tangara seledon
Dacnis cayana
Cyanerpes cyaneus
Conirostrum speciosum

Coryphospingus pileatus

Volatina jacarina
Sporophila caerulescens
Sporophilaangolensis
Sicalis flaveola
Zonotrichia capensis
Tiaris fuliginosa

Caminheiro zumbidor

Corrupião
Polícia inglesa
Melro
Chopim, gaudério,
Garibaldi

Mariquita
Pia cobra
Cambacia, mariquita
Saí canário
Saíra
Tié sangue
Gaturamo, vivi
Sanhaço cinzento
Sanhaço do coqueiro
Bico de veludo
Saíra sete cores


Saí azul
Saíra beija flor
Figuinha de rabo castanho
Galinho-da-serra
Tiziu
Coleiro papa capim
Curió, avinhado
Canário da terra
Tico tico
Cigarra do coqueiro
PASSERIDAE
Passer domesticus
Pardal
ESTRILDIDAE
Estrilda astrild
Biquinho de lacre

Aves na Laguna de Piratininga









 Aves na Rodovia Niterói - Manilha



CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS
Antonio Carlos da Silva Bressan
Roberto da Rocha e Silva
Felipe André Dias Lemos
Môsar Lemos
NELTUR