AVES PROVAVELMENTE EXTINTAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SOCÓ-BOI-ESCURO
Socó-boi-escuro
Fasciated tiger-heron
Tigrisoma fasciatum
Ardeidae
Provavelmente extinto
Situação em outros estados
brasileiros: MG (Criticamente ameaçado); PR (Ameaçado); SP (Criticamente
ameaçado).
Também
conhecido como socó-jararaca. É uma espécie de socó que se caracteriza pela
plumagem escura na qual predomina nas partes dorsais a cor negra, finamente
barrada de branco, apresentando a coroa totalmente preta. A região ventral é
branca, com tons amarronzados nos lados da barriga.. A íris é amarela, a região
periocular e a base do bico são de coloração verde amarelada e os
tarsometatarsos são curtos e esverdeados.
Embora ocorrendo
em uma área extensa, o socó-boi-escuro é incomum e pontual em toda a sua área
de distribuição. Eles ocorrem ao longo de córregos e rios rochosos na floresta
subtropical. Prefere rios de pequeno a médio porte, de correnteza rápida, em
terrenos montanhosos, com águas límpidas e transparentes, densamente
florestados em suas margens.
Permanecem
em pé, imóveis sobre pedregulhos ou cascalho no centro do riacho. Embora
prefira percorrer o leito dos rios, tanto nas margens quanto nas pedras que
afloram da água, pode empoleirar-se em árvores altas. Entretanto ocupa
exclusivamente os ambientes ribeirinhos, não havendo registro de sua presença
fora desse hábitat. Trata-se de uma espécie muito tímida, que alça voo assim
que nota algum distúrbio, crocitando em tom rouco, ou desaparece rápida e
silenciosamente.
É uma
espécie com grande exigência de hábitat. Por causa desta peculiaridade, têm
escassos registros no Brasil, o que também pode ser motivado pelo seu
comportamento tímido e assustadiço, dificultando a observação. Registros históricos
anteriores a 2005 foram obtidos em Campos dos Goytacazes, porém não há
registros recentes no Estado do Rio de Janeiro, havendo poucas observações da
espécie feitas nos últimos 10 anos no Brasil.
Alimentam-se
principalmente de peixes, preferindo peixes de pequeno porte, como cascudos e
acarás, mas também captura insetos e larvas, e talvez moluscos, crustáceos,
anfíbios e pequenas cobras.
A principal
ameaça à espécie é, sem dúvida, a alteração de seu hábitat. O efeito do
extrativismo de essências arbóreas e, em especial, da erradicação dos ambientes
originais para fins imobiliários ou de outros significados econômicos, têm
efeito danoso imediato. As intervenções
indiretas na qualidade da água dos rios por ela habitados também são ameaças
concretas, como o assoreamento e carreamento de sedimentos, o despejo de
dejetos, defensivos agrícolas e outras substâncias que alteram as condições
físico-químicas da água, além da perturbação causada pelo turismo sem controle
e a invasão de áreas protegidas por grupos variados (indígenas, grileiros,
madeireiros, etc).
O som do riacho lembra a minha infancia. Mas o socó eu nunca ouvi.
ResponderExcluirObrigado.
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